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Atenção empresários: o alerta chegou às granjas - e exige resposta técnica imediata

Especialista em segurança dos alimentos orienta como restaurantes, granjas e serviços de alimentação devem agir diante do aumento de focos do vírus H5N1 no Brasil.

O avanço de casos de gripe aviária (H5N1) em aves comerciais no Brasil acendeu um alerta sanitário para toda a cadeia de alimentos.

Com investigações em andamento em estados como Santa Catarina, Tocantins, Mato Grosso, Ceará e Sergipe — incluindo focos confirmados em granjas comerciais — a pergunta que se impõe não é mais se o vírus vai impactar o setor, mas como as empresas estão se preparando para enfrentá-lo.

Segundo Paula Eloize, médica veterinária e especialista em segurança dos alimentos, o momento pede ação técnica e cautelosa — tanto para granjas quanto para restaurantes, cozinhas industriais e demais serviços de alimentação.

"Esse tipo de cenário exige vigilância ampliada, comunicação interna clara, atualização de protocolos e tomada de decisões com base técnica. Não basta reforçar a limpeza — é preciso revisar todo o fluxo operacional à luz do risco biológico", explica Paula.

Para granjas e produtores:

  • Reforce as barreiras físicas para impedir contato com aves silvestres;
  • Reavalie a rotina de entrada e saída de pessoas, veículos e insumos;
  • Atualize os planos de contingência sanitária e capacite a equipe;
  • Comunique imediatamente qualquer anormalidade aos órgãos oficiais.

Para restaurantes, cozinhas industriais e serviços de alimentação:

  • Certifique-se de que toda a equipe compreende as boas práticas de manipulação, incluindo cocção adequada de ovos e carnes;
  • Reforce os critérios de compra segura de insumos e exija comprovação sanitária dos fornecedores;
  • Estabeleça uma comunicação responsável com os clientes, caso questionamentos surjam.

"Embora o risco para o consumidor esteja controlado quando há cocção adequada, o impacto para a cadeia de fornecimento pode ser significativo — e a postura técnica dos estabelecimentos será observada mais de perto", reforça Paula.

A especialista destaca ainda que situações como essa exigem respostas preventivas, não reativas. "Os estabelecimentos que não têm seus processos documentados, rotinas claras e treinamentos recorrentes correm mais riscos — inclusive de interdição em fiscalizações", alerta.

O que não fazer:

Minimizar o cenário.

Ignorar protocolos.

Esperar por uma crise para agir.

O que fazer:

Atuar com base em evidência.

Ouvir fontes técnicas.

Revisar fluxos e reforçar as práticas.

"Esse é um momento que separa quem trata segurança dos alimentos como rotina obrigatória — e quem de fato a enxerga como pilar estratégico do seu negócio", conclui.

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