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Neurodiversidade: a pauta que precisa sair do silêncio nas empresas
Andrea Petrillo, especialista em neurociência organizacional, defende a inclusão real de perfis neurodivergentes como estratégia de inovação e produtividade
Apesar dos avanços em políticas de diversidade nas empresas, a neurodiversidade ainda é tratada com silêncio ou desconhecimento, mesmo sendo uma dimensão central para a construção de ambientes verdadeiramente inclusivos. A avaliação é de Andrea Petrillo, mentora e sócia da consultoria Santé, especializada em comportamento humano com base em neurociência e People Skills.
Segundo a especialista, é hora de ampliar o entendimento sobre o que significa diversidade no ambiente corporativo: condições como autismo, TDAH, dislexia e dispraxia não devem ser vistas como limitações, mas como variações naturais do funcionamento cerebral, com potenciais específicos de análise, criatividade e atenção a detalhes.
Em artigo recente, Andrea compartilha um episódio de uma palestra corporativa, quando um profissional neurodivergente elogiou o conteúdo, mas destacou a ausência de representatividade no discurso: "Ainda somos invisíveis demais nas discussões sobre diversidade". Além disso, ele fez uma observação riquíssima sobre o uso das cores nos slides: como determinadas escolhas podem, sem querer, carregar vieses de gênero (homem x mulher) que reforçam estereótipos. Um detalhe que muitos ignorariam, mas que pode dizer muito sobre como somos percebidos.
"Esse tipo de olhar — analítico, sensível e com atenção aos detalhes — é só um exemplo de como pessoas neurodivergentes contribuem de formas potentes quando estão em ambientes que lhes permitem florescer", reforça Andréa.
Para a especialista, o ponto-chave não é apenas abrir espaço, mas preparar ambientes para que esses profissionais permaneçam, participem e contribuam com autenticidade. Isso envolve formação de lideranças, adaptação de processos e escuta ativa – pilares que, segundo ela, ainda estão ausentes em muitas organizações que buscam inclusão de forma apenas formal.
"Falar de diversidade sem preparar o ambiente para acolher a neurodiversidade é perder uma parte essencial do todo. E inclusão verdadeira só existe com formação, escuta ativa e políticas estruturadas", reforça.
Sobre a especialista
Andrea Petrillo é sócia e mentora da Santé, consultoria especializada em comportamento organizacional com base em neurociência e People Skills. Engenheira pela Escola de Engenharia Mauá, com MBA em Logística e Supply Chain pela FGV e pós-graduação em Neurociência pelo Einstein. É Practitioner em PNL pela SBPNL. Com mais de 17 anos de experiência em gestão de pessoas e processos, tem foco em produtividade, rentabilidade e redução de custos, sempre com um olhar humano e estratégico.
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